O Pré-Modernismo foi um período que marcou a transição entre o simbolismo e o modernismo e foi caracterizado pelas produções desde início do século passado até a Semana de Arte Moderna, em 1922.
Características do Pré-Modernismo
- Ruptura com o academicismo
- Ruptura com o passado e a linguagem parnasiana
- Linguagem coloquial, simples
- Exposição da realidade social brasileira
- Regionalismo e nacionalismo
- Marginalidade das personagens: o sertanejo, o caipira, o mulato
- Temas: fatos históricos, políticos, econômicos e sociais
Autores Brasileiros Pré-Modernistas
Nesse momento, os escritores assumem uma posição mais crítica em relação à sociedade e aos modelos literários anteriores.Por isso, muitos escritores pré modernos rompem com a linguagem formal do arcadismo e, além disso, exploram temas históricos, políticos e econômicos, visto que o Brasil passava por momentos como a República do café com leite e inúmeras revoltas (Revolta da Vacina, Revolta da Chibata, Revolta da Armada, Revolta de Canudos).Os Pré Modernistas que se destacaram na prosa foram: Euclides da Cunha, Graça Aranha, Monteiro Lobato e Lima Barreto.Euclides da Cunha (1866-1909)
- Publicou "Os Sertões: Campanha de Canudos" em 1902, obra regionalista, dividida em três partes: A Terra, o Homem, A Luta; retrata a vida do sertanejo e a Guerra de Canudos (1896-1897) no interior da Bahia.
Estrutura da Obra
“Os Sertões” é uma obra extensa com cerca de 630 páginas, dividido em 3 partes, as quais são constituídas por diversos capítulos, a saber:Inicialmente, Euclides foca na descrição do Sertão, o local onde será desenvolvido o enredo. Aponta para aspectos da paisagem desde o relevo, a fauna, a flora e o clima árido. Segundo ele, a paisagem do local distante do litoral, indica a exploração do homem durante anos.Já na primeira parte da obra ele aborda sobre os habitantes do local, o sertanejo e o jagunço, os quais fazem parte dessa paisagem. Sendo assim, nesse primeiro momento, apresenta uma região separada geográfica e temporalmente do resto do país.Na segunda parte da obra “O Homem”, Euclides enfoca sobretudo, na descrição do sertanejo, do jagunço e do cangaceiro, bem como na resistência do povo em relação à terra, analisando, por conseguinte, a figura do líder do Arraial de Canudos, Antônio Conselheiro, desde sua genealogia e objetivos.Nesse momento da obra, notamos o determinismo racial, já que Euclides abrange as questões raciais que englobam o índio, português, negro, também formadas por sub-raças, o mestiço. Sendo, portanto, o homem o fruto do meio em que vive.Na Terceira parte da obra “A luta”, o autor descreve os embates que ocorreram entre o sertanejo (considerados os bandidos do sertão) e o exército nacional do Brasil.Aborda sobre as quatro expedições realizadas pelo exército nacional, enviados para destruir o Arraial de Canudos, que contava com cerca de 20 mil habitantes.A história termina com o trágico desfecho e a destruição de Canudos.Graça Aranha (1868-1931) Sua obra que merece destaque é "Canaã" publicada em 1902 cuja obra aborda a migração alemã no estado do espírito Santo. Outras obras que merecem destaque: Malazarte (1914), A Estética da Vida (1921) e Espírito Moderno (1925).
Monteiro Lobato (1882-1948)
Em 1918 publica "Urupês" uma coletânea regionalista de contos e crônicas. Já em 1919 publica "Cidades Mortas" livro de contos que retrata a queda do Ciclo do Café.
Lima Barreto (1881-1922)
- Sua obra que merece destaque é o "Triste Fim de Policarpo Quaresma" escrito numa linguagem coloquial, o autor faz crítica à sociedade urbana da época.
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