segunda-feira, 1 de setembro de 2014

Atividade de recuperação paralela de redação 3º ano


ATIVIDADE DE RECUPERAÇÃO PARALELA DE REDAÇÃO 3ºANO/2º TRIMESTRE
 NOME____________________________ Nº_________ CLASSE____________.
PROF. SEMÍRAMIS
valor: 2,0

Leitura e interpretação de texto

A MORTE QUE FEZ UM HOMEM RICO

Um homem tinha muitos filhos, e já todos os homens da freguesia eram seus compadres.
A mulher alcançou outra vez e pronta estava para parir. O homem, que não queria pedir a mais ninguém, abalou de casa.
Encontrou no caminho um homem muito desfigurado, que lhe perguntou aonde ele ia.
Ele contou-lhe, e o homem disse-lhe que voltasse para trás, que ele era o seu padrinho.
Assim foi.
Quando acabou o batizado, o homem disse:
— Compadre, repare bem para mim, para me conhecer onde quer que me encontre. Eu sou a Morte. Tu muda de casa e faz-te médico, que hás-de ganhar muito dinheiro. Em tu me vendo aos pés da cama de qualquer doente, é porque ele escapa. Em tu me vendo à cabeceira, é porque ele morre.
O homem assim fez; começou a ter muita fama e ganhava muito dinheiro e já estava muito rico mais os filhos.
Num dia a Morte chegou-se ao pé dele e disse-lhe:
— Bem, agora já te fiz rico, mas hoje chegou a tua vez e venho matar-te.
O homem pediu muito que o deixasse viver mais um ano.
A Morte consentiu.
O homem então mandou fazer uma torre de bronze, com as paredes muito grossas, para a Morte lá não entrar.
Quando o ano estava quase a acabar, ele mandou fazer um anel de ouro, meteu-o no dedo e fechou-se na torre.
Estava lá a jantar, e apareceu-lhe a Morte ao pé dele.
Ele, muito assustado, perguntou-lhe:
— Ó comadre Morte, tu por onde é que entraste?
A Morte disse que pelo buraco da fechadura.
Ele então disse-lhe:
— Já que tu te meteste pelo buraco da fechadura, hás-de meter-se pelo buraco desta cabaça.
A Morte meteu-se e ele tapou a cabaça com uma rolha e disse à Morte:
— Agora sai daí para fora se és capaz.
A Morte disse-lhe:
— Ó compadre, pois eu fiz-te tanto benefício, e tu agora queres-me aqui deixar dentro desta cabaça? Tira-me a rolha, que eu não te faço mal.
O homem tomou a perguntar-lhe se ela não lhe fazia mal.
A Morte disse que não.
Ele destapou a cabaça e, ao tempo que destapou, caiu, mas não morto, e a Morte roubou-lhe o anel.
Ele disse:
— Ó comadre, então tu prometeste-me que não me matavas, e agora queres-me matar. Deixa-me ao menos rezar um Padre-Nosso e uma Ave-Maria pela minha alma.
A Morte consentiu.
Ele que fez?
Começou a rezar o Padre-Nosso até ao meio e depois tornava a começar.
De modo que a Morte não o podia matar.
O homem então saiu da torre e começou outra vez na sua vida.
Um dia andava ele à caça e a Morte fingiu-se de morta no meio do monte.
O homem chegou e, julgando que era um homem morto, disse:
— Ah! Pobre homem, quem te matou? Deixa-me ao menos rezar um Padre-Nosso e uma Ave Maria pela tua alma.
Rezou, mas ao tempo que acabou, a Morte levantou-se e matou-o.
                                                                                 Consiglieri Pedroso, in Contos Populares Portugueses

Estudo do texto:

1.A expressão “A mulher alcançou outra vez...” significa:
A.(   )  A mulher engravidou outra vez...
B.(   )  A mulher agarrou outra vez...
C.(   )  A mulher acertou outra vez...

2.O homem desfigurado era:
A.(   )  uma vítima de acidente
B.(   )  a morte disfarçada
C.(   )  desfigurado de nascença

3.Seguindo o conselho da Morte, o homem...
a.(   ) encontrou um tesouro
b.(   ) plantou uma árvore
c.(   ) salvou uma princesa
d.(   ) mudou de casa
e.(   ) foi correr mundo
f.(   ) fez-se médico

4.“...uma torre de bronze, com as paredes muito grossas...”
Identifica o grau em que se encontra o adjetivo desta frase.

5.A Morte conseguiu entrar na torre...

A.(   ) ... pelo buraco da fechadura.
B.(   ) ... por uma porta secreta.
C.(   )... por uma janela.

D.(   )... pela chaminé

Nenhum comentário:

Postar um comentário