terça-feira, 28 de junho de 2011

Recado para Erica e Mayara 1º B

Amanhã dia 29/07/11 vocês farão a prova que está pendente não faltem.

trabalho para os 1ºs A e B

Imprimir ou copiar e responder às questões. ( valor de zero a dez) entregar sem falta dia 29/07/11.

Convite à Marília

                        Já se afastou de nós o Inverno agreste
                        Envolto nos seus úmidos vapores;
                        A fértil Primavera, a mãe das flores
                        O prado  ameno de boninas veste:

                        Varrendo os ares o sutil nordeste
                        Os torna azuis; as aves de mil cores
                        Adejam entre Zéfiros, e Amores,
                        E toma o fresco Tejo a cor celeste;

                        Vem, ó Marília, vem lograr comigo
                        Destes alegres campos a beleza,
                        Destas copadas árvores o abrigo;

                        Deixa louvar da corte a vã grandeza:
                        Quanto me agrada mais estar contigo
                        Notando as perfeições da Natureza!

                                         BOCAGE, Manuel Maria Barbosa du.O delírio amoroso e outros poemas.Porto Alegre:L&PM,2004,p.27.         

1- Qual é o assunto tratado no poema?
2- Que cenário é apresentado no poema? Como é descrito?
3- Que elementos evocam o Classicismo? Explique.
4- Na última estrofe, o eu lírico opõe dois cenários.Quais são eles e como são caracterizados?
5- O poema pode ser dividido em duas partes: uma que enfatiza o cenário, e outra em que o eu lírico faz um convite à sua amada.Indique quais estrofes compõem essas partes e o que é apresentado em cada uma delas.

sexta-feira, 24 de junho de 2011

trabalho para o Kaue 1º A

Pesquisar a poesia de Claúdio Manoel da Costa e Tomás Antônio Gonzaga e apontar em suas obras as principais características do movimento arcade. Entrega 27/06.

Alunos em recuperação de ingles / Marques

1º B alunos que ficaram de recuperação de inglês 2º bimestre.
Nº 1,4,5,6,7,9,10,11,12,13,14,15,16,18,22,23,26,28,29,31,32.

segunda-feira, 20 de junho de 2011

texto dissertativo-argumentativo

O texto dissertativo-argumentativo

            O texto dissertativo-argumentativo é aquele usado para expor idéias e, ao mesmo tempo, tentar convencer o interlocutor da validade delas.
            Dissertar é explanar um tema e apresentar os diferentes pontos de vista sobre ele, sem, no entanto, tomar partido.Encontramos esse tipo de texto em matérias jornalísticas não opinativas, como reportagens e textos de divulgação científica.Dicionários, enciclopédias e manuais didáticos também são, em geral, gêneros
Dissertativos.
            Já argumentar é, mais do que apresentar um tema, posicionar-se criticamente diante dele.Quem argumenta não apenas explica as diferentes correntes de opinião sobre o assunto em tela, como manifesta clara preferência por uma delas.Além disso, tenta convencer o interlocutor de que seu posicionamento, ou seja, sua tese é o mais correto e, para tanto, lança mão de argumentos.
            Para argumentar, porém, o redator precisa explicar as causas e conseqüências do problema, seus diferentes aspectos e, até, mencionar os argumentos contrários aos seus.
            Esse tipo de texto é encontrado em inúmeros gêneros, como editoriais de jornais ou revistas, artigos de opinião, cartas argumentativas, seminários, etc.
            A estrutura de um texto argumentativo-dissertativo compõe-se de três partes: introdução, que normalmente traz a tese, o desenvolvimento que justifica essa tese por meio de argumentos, e a conclusão que retoma as idéias principais do texto, acrescentando uma reflexão final ou apontando soluções.

Tipos de argumento
            A eficácia de um texto dissertativo-argumentativo depende da correta seleção e articulação de argumentos.Existem, basicamente, quatro tipos de argumento a que se pode recorrer:

Argumento baseado no senso comum: fundamenta-se em valores reconhecidamente partilhado0s pela maioria das pessoas em uma sociedade.

Argumento baseado em citação: cita a opinião de uma autoridade no assunto em pauta.

Argumento baseado em evidências: apresenta fatos (dados estatísticos, pesquisas, informações científicas, exemplos reais ou hipotéticos,etc.) que comprovem a tese.

Argumento baseado no raciocínio lógico: estabelece relações lógicas entre as idéias.Essas relações podem ser de causa e conseqüência, de analogia, de oposição, entre outras.

terça-feira, 7 de junho de 2011

Atividade de Literatura - Arcadismo

 
Atividade de Literatura:  Arcadismo

Leia os poemas a seguir e responda às questões lembrando-se do que já aprendeu sobre poesia e seus recursos.

Destes penhascos fez a natureza
O berço, em que nasci: oh! Quem cuidara,
Que entre penhas tão duras se criara
Uma alma terna, um peito sem dureza!

Amor, que vence os tigres, por empresa
Tomou logo render-me; ele declara
Contra o meu coração guerra tão rara,
Que não me foi bastante a fortaleza.

Por mais que eu mesmo conhecesse o dano,
A que dava ocasião minha brandura,
Nunca pude fugir ao cego engano:

Vós, que ostentais a condição mais dura,
Temei, penhas, temei, que Amor tirano,
Onde há mais resistência, mais se apura.

COSTA, Cláudio Manuel da. A poesia dos inconfidentes – poesia completa de Cláudio Manuel da Costa.Rio de Janeiro:Nova Aguilar, 1996, p.95.  

Responda:

1- Considerando a forma e conteúdo, comente os aspectos do poema.

2- Em que se baseia a antítese que marca o primeiro quarteto?

3- Quem seriam “os tigres” citados no quinto verso?

4- Observando os indicadores gramaticais, pode-se dividir o poema em duas partes: as três primeiras estrofes se distinguem da última. Comente as características de cada parte.

5- Qual é o “consolo” do eu poético, expresso na última estrofe?















Marília de Dirceu
Lira I                                                                                             Lira XIX (1ª parte)

Eu, Marília, não sou algum vaqueiro,                         Enquanto pasta alegre o manso gado,
Que vivia de guardar alheio gado;                              Minha bela Marília, nos sentemos.
De tosco trato, de expressões grosseiras,                     À sombra deste cedro levantado.
Dos frios gelos e dos sóis queimado.                                       Um pouco meditemos
Tenho próprio casal! E nele assisto:                                         na regular beleza,
Dá-me vinho, legume, fruta, azeite;                            Que em tudo quanto vive nos descobre
Das brancas ovelhinhas tiro o leite,                                          A sábia Natureza.
E mais as finas lãs, de que me visto.
          Graças, Marília bela,                                         Atende como aquela vaca preta
          Graças à minha Estrela!                                     O novilhinho seu dos mais separa,
                                                                                     E o lambe, enquanto chupa a lisa teta.
Eu vi o meu semblante numa fonte,                                          Atende mais, ó cara,
Dos anos inda não está cortado;                                                Como a ruiva cadela
Os Pastores, que habitam este monte,                          Suporta que lhe morda o filho o corpo,
Respeitam o poder de meu cajado.                                            E salte em cima dela.
Com tal destreza toco a sanfoninha,                             Repara como, cheia de ternura,
Que inveja até me tem o próprio Alceste:                    Entre as asas ao filho essa ave aquenta,
Nem canto nem letra que não seja minha,                    Como aquela esgravata a terra dura,
           Graças, Marília bela,                                                       E os seus assim sustenta;
           Graças à minha Estrela!                                                  Como se encoleriza,
                                                                                       E salta sem receio a todo vulto,
Mas tendo tantos dotes da ventura,                                            Que junto deles pisa.
Só apreço lhes dou, gentil Pastora,
Depois que teu afeto me segura                                     Que gosto não terá a esposa amante,
Que queres do que tenho ser Senhora.                           Quando der o filhinho o peito brando,
É bom, minha Marília, é bom ser dono                          E refletir então seu semblante!
De um rebanho, que cubra monte e prado;                                  Quando, Marília, quando
Porém, gentil Pastora, o teu agrado                                             Disser consigo: ”É esta
Vale mais que um rebanho, e mais que um trono.          De teu querido pai a mesma barba,
              Graças, Marília bela,                                                      A mesma boca, e testa.”
              Graças à minha Estrela!

casal:pequena propriedade rural
Alceste:outro pseudônimo de
Cláudio Manuel da Costa



















Lira XV (2ª parte)

Eu, Marília, não fui nenhum Vaqueiro,
Fui honrado Pastor da tua Aldeia;
Vestia finas lãs e tinha sempre
A minha choça do preciso cheia.
Tiraram-me o casal e o manso gado,
Nem tenho, a que me encoste, um só cajado.

Para ter que te dar, é que eu queria
De mor rebanho ainda ser dono;
Prezava o teu semblante, os teus cabelos
Ainda muito mai9s que um grande trono.
Agora que te oferte já não vejo,
Além de um puro amor, de um são desejo.

GONZA,Tomás Antonio.A poesia dos inconfidentes.Rio de Janeiro:Nova Aguilar, 1996,p. 573.

Responda:

1- Sobre a Lira I da primeira parte:
a) Os dois versos curtos que finalizam o fragmento soa repetidos em todas as estrofes da composição.Que nome recebe? Qual a sua função?
b) Indique pelo menos uma característica temática do Arcadismo presente na estrofe.Justifique a resposta com elementos tirados do texto.

2- Faça uma análise da primeira estrofe da Lira XIX a partir dos adjetivos usados por Gonzaga.

3- A natureza é sábia e nos ensina que as fêmeas vivem para a reprodução; esta é a idéia básica da segunda e da terceira estrofes da Lira XIX.Qual a relação destas com a quarta estrofe?

4- A partir da análise da quarta estrofe da Lira XIX, você diria que a visão de mundo de Dirceu / Gonzaga é patriarcalista? Justifique sua resposta.

5- Marília de Dirceu apresenta duas partes distintas, tendo como marco a prisão de Gonzaga. Faça uma análise da Lira XV da segunda parte. Percebe-se nela a passagem do poeta pela prisão? Justifique sua resposta.