terça-feira, 2 de dezembro de 2014

ATIVIDADE DE REDAÇÃO/REC FINAL 1º ANO

Leia o texto com muita atenção antes de responder às perguntas. Depois escolha a resposta correta a cada pergunta.

A MORTE QUE FEZ UM HOMEM RICO

Um homem tinha muitos filhos, e já todos os homens da freguesia eram seus compadres.
A mulher alcançou outra vez e pronta estava para parir. O homem, que não queria pedir a mais ninguém, abalou de casa.
Encontrou no caminho um homem muito desfigurado, que lhe perguntou aonde ele ia.
Ele contou-lhe, e o homem disse-lhe que voltasse para trás, que ele era o seu padrinho.
Assim foi.
Quando acabou o batizado, o homem disse:
— Compadre, repare bem para mim, para me conhecer onde quer que me encontre. Eu sou a Morte. Tu muda de casa e faz-te médico, que hás-de ganhar muito dinheiro. Em tu me vendo aos pés da cama de qualquer doente, é porque ele escapa. Em tu me vendo à cabeceira, é porque ele morre.
O homem assim fez; começou a ter muita fama e ganhava muito dinheiro e já estava muito rico mais os filhos.
Num dia a Morte chegou-se ao pé dele e disse-lhe:
— Bem, agora já te fiz rico, mas hoje chegou a tua vez e venho matar-te.
O homem pediu muito que o deixasse viver mais um ano.
A Morte consentiu.
O homem então mandou fazer uma torre de bronze, com as paredes muito grossas, para a Morte lá não entrar.
Quando o ano estava quase a acabar, ele mandou fazer um anel de ouro, meteu-o no dedo e fechou-se na torre.
Estava lá a jantar, e apareceu-lhe a Morte ao pé dele.
Ele, muito assustado, perguntou-lhe:
— Ó comadre Morte, tu por onde é que entraste?
A Morte disse que pelo buraco da fechadura.
Ele então disse-lhe:
— Já que tu te meteste pelo buraco da fechadura, hás-de meter-se pelo buraco desta cabaça.
A Morte meteu-se e ele tapou a cabaça com uma rolha e disse à Morte:
— Agora sai daí para fora se és capaz.
A Morte disse-lhe:
— Ó compadre, pois eu fiz-te tanto benefício, e tu agora queres-me aqui deixar dentro desta cabaça? Tira-me a rolha, que eu não te faço mal.
O homem tomou a perguntar-lhe se ela não lhe fazia mal.
A Morte disse que não.
Ele destapou a cabaça e, ao tempo que destapou, caiu, mas não morto, e a Morte roubou-lhe o anel.
Ele disse:
— Ó comadre, então tu prometeste-me que não me matavas, e agora queres-me matar. Deixa-me ao menos rezar um Padre-Nosso e uma Ave-Maria pela minha alma.
A Morte consentiu.
Ele que fez?
Começou a rezar o Padre-Nosso até ao meio e depois tornava a começar.
De modo que a Morte não o podia matar.
O homem então saiu da torre e começou outra vez na sua vida.
Um dia andava ele à caça e a Morte fingiu-se de morta no meio do monte.
O homem chegou e, julgando que era um homem morto, disse:
— Ah! Pobre homem, quem te matou? Deixa-me ao menos rezar um Padre-Nosso e uma Ave Maria pela tua alma.
Rezou, mas ao tempo que acabou, a Morte levantou-se e matou-o.
                                                                                 Consiglieri Pedroso, in Contos Populares Portugueses

Estudo do texto:

1.A expressão “A mulher alcançou outra vez...” significa:
A.(   )  A mulher engravidou outra vez...
B.(   )  A mulher agarrou outra vez...
C.(   )  A mulher acertou outra vez...

2.O homem desfigurado era:
A.(   )  uma vítima de acidente
B.(   )  a morte disfarçada
C.(   )  desfigurado de nascença

3.Seguindo o conselho da Morte, o homem...
a.(   ) encontrou um tesouro
b.(   ) plantou uma árvore
c.(   ) salvou uma princesa
d.(   ) mudou de casa
e.(   ) foi correr mundo
f.(   ) fez-se médico

4.“...uma torre de bronze, com as paredes muito grossas...”
Identifica o grau em que se encontra o adjetivo desta frase.

5.A Morte conseguiu entrar na torre...

A.(   ) ... pelo buraco da fechadura.
B.(   ) ... por uma porta secreta.
C.(   )... por uma janela.
D.(   )... pela chaminé

6.Quando a Morte entrou na cabaça, o homem...

A.(   ) ... fez.lhe um encantamento.
B.(   ).. queimou-a com água a ferver.
C.(   )... tapou o buraco da cabaça.

7.A morte não conseguiu livrar-se da cabaça.

A.(   ) falso
B.(   ) verdadeiro



ATIVIDADE DE REDAÇÃO/RECUPERAÇÃO FINAL 2º ANO

Lembrança do mundo antigo

Clara passeava no jardim com as crianças.
O céu era verde sobre o gramado,
a água era dourada sob as pontes,
outros elementos eram azuis, róseos, alaranjados,
o guarda-civil sorria, passavam bicicletas,
a menina pisou a relva para pegar um pássaro,
o mundo inteiro, a Alemanha, a China, tudo era tranqüilo em redor de Clara.

As crianças olhavam para o céu:? Não era proibido.
A boca, o nariz, os olhos estavam abertos. Não havia perigo.
Os perigos que Clara temia eram a gripe, o calor, os insetos.
Clara tinha medo de perder o bonde das 11horas,
esperava cartas que custavam a chegar,
nem sempre podia usar vestido novo. Mas passeava no jardim, pela manhã!!!
Havia jardins, havia manhãs naquele tempo!!!

                                                                                     CARLOS DRUMMOND DE ANDRADE.Poesia completa e prosa.Rio de Janeiro:José Aguilar, 1973.

Análise da leitura

1- Quando esse poema foi publicado, o mundo passava pela Segunda Guerra Mundial.A China, que também participava da guerra, enfrentava há anos uma terrível guerra civil.

Na fase de sua carreira em que elaborou esse poema, Drummond escrevia a respeito dos problemas no mundo, das questões sociais. A partir da leitura do poema, responda: o que estaria sendo criticado nesse poema?

2- Como você sabe, um poema é um texto organizado em versos.
a) No texto de Drummond, os versos são rimados ou brancos?
b) Observe atentamente a pontuação no poema.Os versos de 2 a 6 são separados por vírgulas.Que efeito é produzido por essa pontuação e qual a relação com o conteúdo dos versos?

3- A leitura do texto permite identificar saudosismo do eu lírico.
a)Na sua opinião, por que o eu lírico fez um retorno ao “mundo antigo”?
b) Nos quatro primeiros versos, o eu lírico destacou o colorido que havia na natureza.O que poderia ter causado a alteração desse colorido?

4- Nos versos 5 e 6, o eu lírico fala do guarda-civil que sorria e da menina que pisava na relva para pegar um pássaro.O que poderia ter mudado com o tempo em relação a esses elementos?

5- No texto, o narrador menciona o nome de duas potências mundiais: a Alemanha e a China.Qual é a situação desses países atualmente?


6- Leia novamente o verso a seguir em que o eu lírico referiu-se a determinados perigos do mundo antigo.

“Os perigos que Clara temia eram a gripe, o calor, os insetos.”




a) Considerando-se que o poema foi escrito em 1940, que perigos o eu lírico poderia ter de enfrentar?
b) Em sua opinião, quais seriam os perigos do mundo atual?

7- Para o eu lírico, não havia muitos problemas no mundo antigo.Contudo, o mundo já havia passado por outras guerras civis e também pela Primeira Guerra Mundial.

Em sua opinião, seria ilusão o eu lírico imaginar que o mundo antigo era melhor?

8- Releia estes versos.

“Clara tinha medo de perder o bonde das 11 horas,
esperava cartas que custavam a chegar,
nem sempre podia usar vestido novo.Mas passeava no jardim, pela manhã!!!”

a) Por que Clara tinha medo de perder o bonde das 11 horas?
b) Por que as cartas demoravam a chegar?
c) O que o fato de que Clara nem sempre podia usar vestido novo indica?

9- A conjunção mas estabelece oposição.Veja:
tinha medo de perder o bonde}
esperava cartas}                         mas passeava no jardim pela manhã
não podia usar vestido novo}

Passear pelo jardim, para o eu lírico, é algo bom ou ruim?


10- No último verso, o que podem representar as manhãs? Por quê?

ATIVIDADE DE REDAÇÃO/RECUPERAÇÃO FINAL 3º ANO

Atividade de Leitura e Interpretação de texto
O padeiro
  Rubem Braga

                Enquanto tomo café vou me lembrando de um homem modesto que conheci antigamente. Quando vinha deixar o pão à porta do apartamento ele apertava a campainha, mas, para não incomodar os moradores, avisava gritando:
            - Não é ninguém, é o padeiro!
            Interroguei-o uma vez: como tivera a idéia de gritar aquilo?
            “Então você não é ninguém?”
            Ele abriu um sorriso largo. Explicou que aprendera aquilo de ouvido. Muitas vezes lhe acontecera bater a campainha de uma casa e ser atendido por uma empregada ou outra pessoa qualquer, e ouvir uma voz que vinha lá de dentro perguntando quem era; e ouvir a pessoa que o atendera dizer para dentro: ”não é ninguém, não senhora, é o padeiro”. Assim ficara sabendo que não era ninguém...
            Ele me contou isso sem mágoa nenhuma, e se despediu ainda sorrindo. Eu não quis dete-lo para explicar que estava falando com um colega, ainda que menos importante. Naquele tempo eu também, como os padeiros, fazia o trabalho noturno. Era pela madrugada que deixava a redação de jornal, quase sempre depois de uma passagem pela oficina – e muitas vezes saia já levando na mão um dos primeiros exemplares rodados, o jornal ainda quentinho da máquina, como pão saído do forno.
            Ah, eu era rapaz, eu era rapaz naquele tempo! E às vezes me julgava importante porque no jornal que levava para casa, além de reportagens ou notas que eu escrevera sem assinar, ia uma crônica ou artigo com o meu nome. O jornal e o pão estariam bem cedinho na porta de cada lar; e dentro do meu coração eu recebi a lição de humildade daquele homem entre todos útil e entre todos alegre; “não é ninguém, é o padeiro!”
            E assobiava pelas escadas.

Compreensão do Texto

1- O texto pode ser dividido em três partes. Determine onde começa e onde termina cada parte:
     1ª parte – Um homem modesto
                     Do início até __________________________________________________.
    
2ª parte – Um homem que se julgava importante
                De _____________________________ até ________________________.

3ª parte – A lição de humildade
                De __________________________________________ até o fim.

2 – Observe os títulos das partes do texto no exercício anterior e responda:
a) Quem é o homem modesto?
________________________________________.

b) Quem é o homem que se julgava importante?
_______________________________________.

c) Qual foi a lição de humildade recebida?
________________________________________.






3 – Complete o esquema, mostrando em que fato se fundamenta a opinião do autor sobre o padeiro:

                                                                       FATO EM QUE SE
      OPINIÃO                                           FUNDAMENTA A OPINÃO
O padeiro era um
 homem humilde.

4- Copie:
a) o período em que o autor mostra que achava o padeiro mais importante que ele:
_________________________________________________________________
________________________________________________________________.

b) a expressão em que o autor mostra que considerava o padeiro o mais útil dos homens:
_______________________________________________________________.

5- Que justificativa teria o autor para cada uma dessas suas opiniões? Complete o esquema:

            OPINIÃO                                                      JUSTIFICATIVA
O padeiro era mais importante
que ele, jornalista.

            OPINIÃO                                                      JUSTIFICATIVA
O padeiro era um homem
Entre todos útil.

6 – O autor considerava-se um colega do padeiro, embora menos importante. Por quê? Indique as duas respostas certas:
(   ) Ambos eram considerados “ninguém” pelos moradores das casas.
(   ) Ambos trabalhavam durante a noite.
(   ) Ambos produziam coisas que chegavam cedo nas casas.
(   ) Ambos se orgulhavam do que faziam.

7- No texto, o autor aponta duas semelhanças entre o jornal e o pão. Copie os trechos.
1ª semelhança ________________________________________________________.

2ª semelhança ________________________________________________________.

8 – O autor afirma: “... às vezes me julgava importante...”. Em que momento ele se sentia assim?

9 – Entre os títulos abaixo, grife o que também seria adequado ao texto:
O trabalho noturno                      Uma lição de humildade
O pão e o jornal                           Um homem alegre

10 – Em sua opinião o padeiro está certo em conformar-se com ser considerado “ninguém? Justifique sua resposta.
______________________________________________________________________________________
______________________________________________________________________________________
______________________________________________________________________________________
______________________________________________________________________________________

______________________________________________________________________________________.

terça-feira, 16 de setembro de 2014

TRABALHOS PARA REPOSIÇÃO DE AUSÊNCIA

OS TRABALHOS DEVERÃO CONTER CAPA COM O TÍTULO "TRABALHO DE COMPENSAÇÃO DE AUSÊNCIA",NOME, Nº E CLASSE E MATÉRIA.O CONTEÚDO DEVE ESTAR ALINHADO.

1º ANO PORTUGUÊS NA AMÉRICA/ZONAS DIALÉTICAS BRASILEIRAS

2º ANO METAPLASMOS (TRANSFORMAÇÃO FONÉTICA)

3º ANO METAPLASMOS POR TRANSFORMAÇÃO

segunda-feira, 1 de setembro de 2014

Atividade de recuperação paralela de redação 3º ano


ATIVIDADE DE RECUPERAÇÃO PARALELA DE REDAÇÃO 3ºANO/2º TRIMESTRE
 NOME____________________________ Nº_________ CLASSE____________.
PROF. SEMÍRAMIS
valor: 2,0

Leitura e interpretação de texto

A MORTE QUE FEZ UM HOMEM RICO

Um homem tinha muitos filhos, e já todos os homens da freguesia eram seus compadres.
A mulher alcançou outra vez e pronta estava para parir. O homem, que não queria pedir a mais ninguém, abalou de casa.
Encontrou no caminho um homem muito desfigurado, que lhe perguntou aonde ele ia.
Ele contou-lhe, e o homem disse-lhe que voltasse para trás, que ele era o seu padrinho.
Assim foi.
Quando acabou o batizado, o homem disse:
— Compadre, repare bem para mim, para me conhecer onde quer que me encontre. Eu sou a Morte. Tu muda de casa e faz-te médico, que hás-de ganhar muito dinheiro. Em tu me vendo aos pés da cama de qualquer doente, é porque ele escapa. Em tu me vendo à cabeceira, é porque ele morre.
O homem assim fez; começou a ter muita fama e ganhava muito dinheiro e já estava muito rico mais os filhos.
Num dia a Morte chegou-se ao pé dele e disse-lhe:
— Bem, agora já te fiz rico, mas hoje chegou a tua vez e venho matar-te.
O homem pediu muito que o deixasse viver mais um ano.
A Morte consentiu.
O homem então mandou fazer uma torre de bronze, com as paredes muito grossas, para a Morte lá não entrar.
Quando o ano estava quase a acabar, ele mandou fazer um anel de ouro, meteu-o no dedo e fechou-se na torre.
Estava lá a jantar, e apareceu-lhe a Morte ao pé dele.
Ele, muito assustado, perguntou-lhe:
— Ó comadre Morte, tu por onde é que entraste?
A Morte disse que pelo buraco da fechadura.
Ele então disse-lhe:
— Já que tu te meteste pelo buraco da fechadura, hás-de meter-se pelo buraco desta cabaça.
A Morte meteu-se e ele tapou a cabaça com uma rolha e disse à Morte:
— Agora sai daí para fora se és capaz.
A Morte disse-lhe:
— Ó compadre, pois eu fiz-te tanto benefício, e tu agora queres-me aqui deixar dentro desta cabaça? Tira-me a rolha, que eu não te faço mal.
O homem tomou a perguntar-lhe se ela não lhe fazia mal.
A Morte disse que não.
Ele destapou a cabaça e, ao tempo que destapou, caiu, mas não morto, e a Morte roubou-lhe o anel.
Ele disse:
— Ó comadre, então tu prometeste-me que não me matavas, e agora queres-me matar. Deixa-me ao menos rezar um Padre-Nosso e uma Ave-Maria pela minha alma.
A Morte consentiu.
Ele que fez?
Começou a rezar o Padre-Nosso até ao meio e depois tornava a começar.
De modo que a Morte não o podia matar.
O homem então saiu da torre e começou outra vez na sua vida.
Um dia andava ele à caça e a Morte fingiu-se de morta no meio do monte.
O homem chegou e, julgando que era um homem morto, disse:
— Ah! Pobre homem, quem te matou? Deixa-me ao menos rezar um Padre-Nosso e uma Ave Maria pela tua alma.
Rezou, mas ao tempo que acabou, a Morte levantou-se e matou-o.
                                                                                 Consiglieri Pedroso, in Contos Populares Portugueses

Estudo do texto:

1.A expressão “A mulher alcançou outra vez...” significa:
A.(   )  A mulher engravidou outra vez...
B.(   )  A mulher agarrou outra vez...
C.(   )  A mulher acertou outra vez...

2.O homem desfigurado era:
A.(   )  uma vítima de acidente
B.(   )  a morte disfarçada
C.(   )  desfigurado de nascença

3.Seguindo o conselho da Morte, o homem...
a.(   ) encontrou um tesouro
b.(   ) plantou uma árvore
c.(   ) salvou uma princesa
d.(   ) mudou de casa
e.(   ) foi correr mundo
f.(   ) fez-se médico

4.“...uma torre de bronze, com as paredes muito grossas...”
Identifica o grau em que se encontra o adjetivo desta frase.

5.A Morte conseguiu entrar na torre...

A.(   ) ... pelo buraco da fechadura.
B.(   ) ... por uma porta secreta.
C.(   )... por uma janela.

D.(   )... pela chaminé

Atividade de Recuperação Paralela de Redação 2º ano/2º trimestre

Nome______________________ nº_____________ classe___________.
Prof.Semíramis
valor:
2,0
Leitura e interpretação de texto

ATIVIDADE DE RECUPERAÇÃO PARALELA DE REDAÇÃO 2º ANO/2ºtrimestre
NOME______________________________________ Nº________ CLASSE_________.
PROF.SEMÍRAMIS
Valor:2,0

Leitura  e Interpretação de Texto
O ideal seria escrever ... – Rubem Braga

Meu ideal seria escrever uma história tão engraçada que aquela moça que está naquela casa cinzenta quando lesse minha história no jornal risse, risse tanto que chegasse a chorar e dissesse – “ai meu Deus, que história mais engraçada!” E então a contasse para a  cozinheira e telefonasse para duas ou três amigas para contar a história; e todos a quem ela contasse rissem muito e ficassem alegremente espantados de vê-la tão alegre. Ah, que minha história fosse como um raio de sol, irresistivelmente louro, quente, vivo, em sua vida de moça reclusa (que não sai de casa), enlutada (profundamente triste), doente. Que ela mesma ficasse admirada ouvindo o próprio riso, e depois repetisse para si própria – “mas essa história é mesmo muito engraçada!”
Que um casal que estivesse em casa mal-humorado, o marido bastante aborrecido com a mulher, a mulher bastante irritada como o marido, que esse casal também fosse atingido pela minha história. O marido a leria e começaria a rir, o que aumentaria a irritação da mulher. Mas depois que esta, apesar de sua má-vontade, tomasse conhecimento da história, ela também risse muito, e ficassem os dois rindo sem poder olhar um para o outro sem rir mais; e que um, ouvindo aquele riso do outro, se lembrasse do alegre tempo de namoro, e reencontrassem os dois a alegria perdida de estarem juntos.
Que nas cadeias, nos hospitais, em todas as salas de espera, a minha história chegasse – e tão fascinante de graça, tão irresistível, tão colorida e tão pura que todos limpassem seu coração com lágrimas de alegria; que o comissário ((autoridade policial) do distrito (divisão territorial em que se exerce autoridade administrativa, judicial, fiscal ou policial), depois de ler minha história, mandasse soltar aqueles bêbados e também aquelas pobres mulheres colhidas na calçada e lhes dissesse – “por favor, se comportem, que diabo! Eu não gosto de prender ninguém!” E que assim todos tratassem melhor seus empregados, seus dependentes e seus semelhantes em alegre e espontânea homenagem à minha história.
E que ela aos poucos se espalhasse pelo mundo e fosse contada de mil maneiras, e fosse atribuída a umpersa (habitante da antiga Pérsia, atual Irã), na Nigéria (país da África), a um australiano, em Dublin (capital da Irlanda), a um japonês, em Chicago – mas que em todas as línguas ela guardasse a sua frescura, a sua pureza, o seu encanto surpreendente; e que no fundo de uma aldeia da China, um chinês muito pobre, muito sábio e muito velho dissesse: “Nunca ouvi uma história assim tão engraçada e tão boa em toda a minha vida; valeu a pena ter vivido até hoje para ouvi-la; essa história não pode ter sido inventada por nenhum homem, foi com certeza algum anjo tagarela que a contou aos ouvidos de um santo que dormia, e que ele pensou que já estivesse morto; sim, deve ser uma história do céu que se filtrou (introduziu-se lentamente em) por acaso até nosso conhecimento; é divina.”
E quando todos me perguntassem – “mas de onde é que você tirou essa história?” – eu responderia que ela não é minha, que eu a ouvi por acaso na rua, de um desconhecido que a contava a outro desconhecido, e que por sinal começara a contar assim: “Ontem ouvi um sujeito contar uma história...”
E eu esconderia completamente a humilde verdade: que eu inventei toda a minha história em um só segundo, quando pensei na tristeza daquela moça que está doente, que sempre está doente e sempre está de luto e sozinha naquela pequena casa cinzenta de meu bairro.

INTERPRETAÇÃO DO TEXTO

01) Por que o autor deseja escrever uma história engraçada?
02) Por que ele diz que a moça tem uma casa cinzenta, e não verde, azul ou amarela?
03) Ao descrever um raio de sol, o autor lhe atribui características que, de certa forma, se opõem às da moça. Cite algumas dessas características opostas.
04) Como você interpretaria a oração “que todos limpassem seu coração com lágrimas de alegria”?
05) O autor sonha em tornar mais felizes e sensíveis apenas as pessoas de seu país? Justifique.




Atividade de Recuperação Paralela de Redação 1ºANO

ATIVIDADE DE RECUPERAÇÃO PARALELA DE REDAÇÃO – 1º ANO/2º TRIMESTRE

NOME___________________________________ Nº_______ CLASSE ___________.
PROF. SEMÍRAMIS
Valor: 2,0
Leitura e Interpretação de texto
Titia em apuros
Minha tia Valda, uma robusta senhora de 68 anos, gostou de uma camisa pólo que viu na vitrine de uma loja de artigos masculinos. Entrou e pediu para experimentar.
- Infelizmente não temos o seu tamanho nessa cor- respondeu o vendedor solícito.
Não sei se é uma maldição que persegue a nossa família, mas nunca conseguimos os artigos que nos atraem nas vitrines. Não tem a cor ou não tem o modelo ou não tem o tamanho. Uma ocasião, apaixonei-me por um sapato que vi numa vitrine em Copacabana. O vendedor fez-me sentar e apareceu com outro modelo (achando que ia me levar na conversa).
- Quero aquele da vitrine!
- Infelizmente- disse ele- , aquele nós só temos um pé!
É ou não é uma maldição? Acontece de tudo para frustrar os desejos de consumo da nossa família. É inacreditável, um sapato na vitrine sem o seu par. Levantei-me e reagi, carregado de indignação:
- O que houve com o outro pé? Venderam para o Saci?
Tia Valda mal iniciou a ação de bater em retirada, e o vendedor logo despejou um monte de camisas à sua frente .
- Temos essa verde... essa lilás... essa que chegou agora, cor telha, é a última novidade- foi dizendo o vendedor, abrindo as camisas diante da titia. - A senhora deve ficar muito bem de lilás.
Tia Valda preferiu a preta. Pegou a camisa e viu a letra P na etiqueta. Perguntou se não tinha M. Não tinha, mas pra não perder a comissão, o vendedor preferiu dizer que P era o tamanho da titia. Qualquer vesgo verificaria que tia Valda, com seu corpo de halterofilista búlgara, não caberia dentro daquela camisa. O vendedor, porém, veio com a conversa de que o fabricante fazia números maiores e coisa e tal. Titia acreditou e se enfiou no cubículo de experimentar roupas, que só não se confunde com uma solitária porque há uma cortina no lugar de grades. Vestiu a camisa, constatou que o P significa P mesmo e, no momento de retirá-la, ela ficou presa no meio do caminho, cobrindo a cabeça de titia.
Tia Valda ainda insistiu, debatendo-se entre as paredes do cubículo, mas a camisa encalhara como um navio num banco de areia. Braços erguidos, rosto coberto, titia começou a sentir calor, falta de ar e foi entrando em pânico. Para não sair da cabine às cegas, feito um boi-bumbá, resolveu gritar. Mas gritar o quê? Nunca tinha estado numa situação dessas. O que gritar quando se luta desesperadamente com uma camisa? Sem se lembrar de nada em especial, encheu os pulmões e berrou:
- Socorro! Socorro!
Era de ver: a loja inteira despencou na direção da cabine, vendedores, fregueses, até a moça do caixa foi atrás. Não se podia pensar num assalto: não cabem duas pessoas nessas cabines. Talvez uma barata. O vendedor que a atendia puxou a cortina e surgiu tia Valda, braços levantados, cabeça coberta, rodopiando feito uma vaca brava.
- Momentinho- pediu o vendedor-, fique calma que nós vamos ajudá-la.
Ele tentou puxar a camisa, mas a essa altura tia Valda tinha o corpo empapado de suor e a camisa resistiu mais do que um burro empacado.
- Eu puxo aqui e você puxa daí - disse para o gerente. Os dois se esforçavam, mas a cada puxão a velha ia junto com a camisa.
- Alguém aí, por favor, segure a madame- pediu o vendedor, recebendo de pronto a colaboração de vários voluntários. Tia Valda bufava no meio daquele sufoco e estava vendo a hora que iriam lhe arrebentar o sutiã. Na sua idade já não se sentia à vontade para fazertoplessnuma loja de artigos masculinos.
- Por que não cortam essa camisa? - perguntou alguém do grupo de voluntários que seguia cambaleando pela loja, empencado em tia Valda.
- Não precisa cortar, nós vamos dar um jeitinho - disse o vendedor, que já suava mais que titia e que não queria pagar a camisa.
A essa altura, já havia uma multidão à porta da loja assistindo à cena. Muita gente não entendia o que se passava, ao ver um grupo de homens agarrados a uma senhora de braços erguidos, entalada por uma camisa. Uma velhinha, na porta, imaginou, com toda a razão, que o grupo estava querendo despir tia Valda para violentá-la na loja, e resmungou:
- Esses vendedores são uns tarados!
A confusão aumentava. Tia Valda, camisa grudada no corpo, pedia que chamassem o Corpo de Bombeiros. Alguém sugeriu que sentassem titia.
- Amarrem essa velha numa cadeira!
Depois de muito esforço, a camisa acabou sendo rasgada, para alívio de tia Valda, que arfava como se tivesse passado todo esse tempo debaixo d'água. Ela agradeceu os aplausos e voltou à cabine para se recompor. No momento em que abotoava a blusa, viu um braço varando a cortina do cubículo. Era o vendedor, entregando-lhe uma camisa e dizendo:
- A senhora não gostaria de experimentar esse outro modelo?

Carlos Eduardo Novaes

Os sentidos do texto


1- Copie e complete o quadro a seguir relacionando as intenções do vendedor às estratégias empregadas por ele.
                Intenções
                 Estratégias
        Convencer tia Valda a
Experimentar a camisa cor telha.
Afirmar que aquela cor era
        a última novidade.
       Convencer tia Valda a
experimentar a camisa lilás.

    Convencer tia Valda a
experimentar a camisa P.


2- Encontre no texto a frase que explica por que o vendedor era tão insistente.
_________________________________________________________________________________


3-O narrador faz um intervalo no relato da história vivida por tia Valda para contar um outro episódio.
a)Que episódio é narrado por ele?
_________________________________________________________________________________

b)Qual a relação entre esse episódio e a situação vivida por tia Valda?
_________________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________________

c)Compare a atitude do vendedor que atendeu tia Valda à atitude do vendedor que atendeu o narrador no episódio da compra de sapatos.
__________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

4- A quem o narrador se dirige quando faz a pergunta em destaque a seguir?
“É ou não é uma maldição?”
O que ele pretende ao fazer essa pergunta?
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5- Que atitude da multidão que observava a cena da porta indica que as pessoas ficaram solidárias à tia Valda?

__________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

sábado, 30 de agosto de 2014

ATIVIDADE DE RECUPERAÇÃO PARALELA DE GRAMÁTICA 2º ANO

Atividade de Recuperação Paralela de Gramática – 2º ano/2º trimestre
Nome__________________________________ nº______ classe_________.
Prof. Semíramis                 
Valor:2,0

1- Classifique o sujeito das orações.
a)Aquele senhor não conseguiu entrar no ônibus.
b)Voltem para casa mais cedo,meninas!
c)Durante o jantar,caíram pratos e copos no chão.
d)Instalaram uma nova emissora de rádio na nossa cidade.
e)Na primavera,sempre há muitas flores nos jardins e árvores.

2-Leia o texto e responda às questões.
Depois que terminei um curso de técnicas de emergência médica,eu estava ansiosa para colocar à prova minhas novas aptidões.Um dia,quando ia numa auto-estrada,vi um homem deitado no chão ao lado de um carro.Parei imediatamente,peguei meu estojo de primeiros socorros e corri para ele.
- Sou perita em emergências – disse eu a ele. – O senhor precisa de ajuda?
- E preciso mesmo – respondeu o homem. – Você sabe trocar pneu?

Classifique,quanto à predicação,os verbos retirados do texto.
a)terminei                              b)vi                       c)parei                  d)peguei                     e)corri.

3-Nas orações a seguir,classifique os predicados em PV (predicado verbal) PN (predicado nominal).
a)As causas do acidente continuam,até hoje,desconhecidas.
b)”uma garotinha magrinha e viva saltitava ora adiante,ora atrás da mãe...”
c)”O frango a molho pardo do almoço estava uma delícia,regalante,apetitoso.”
d)Aquele político corrupto candidatou-se de novo a governador.

4-Indique as circunstâncias expressas pelos adjuntos adverbiais em destaque nas orações,usando o seguinte código:
T=tempo     L=lugar     I=intensidade      M=modo     C=causa     D=dúvida
a)Segundo a meteorologia,talvez chova no período da tarde.
b)Agora ele tenta,cinicamente,convencer os eleitores de que sempre lutou muito pela democracia.
c)De repente,vimos no horizonte uma campina extremamente verde.
d)No fim da safra,muitos trabalhadores voltam para suas cidades.

5-Considere este título de reportagem de jornal:
“Seca e fome acirram distúrbios mentais”. Folha de São Paulo
a)Indique a função sintática dos termos “seca e fome” e distúrbios mentais”
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b)Transponha a oração para a voz passiva e indique as novas funções sintáticas dos termos referidos em a.
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RECUPERAÇÃO PARALELA DE GRAMÁTICA 3º ANO

Atividade de Recuperação Paralela de Gramática – 3º ano / 2º trimestre
                                                
NOME____________________________________________________ Nº______ 3º________.
PROF. SEMÍRAMIS
VALOR: 2,0

1- Dê a classe gramatical da palavra um (a) – numeral ou artigo – e escreva o recurso empregado para reconhecê-la.
a)Seu endereço é: Rua Um, nº 295.
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b)Na minha chácara, há dois pés de laranja;na sua,só um.
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c)Vi um cachorro ali.
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d)Fiz uma prova,mas meu irmão fez duas.
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2- Escreva por extenso os numerais e classifique-os.
a)121º__________________________________________________________________________
b)30º __________________________________________________________________________
ºc)2/4 __________________________________________________________________________
d)555 __________________________________________________________________________

3- Retire da frase um advérbio e uma locução adverbial,classificando-os.
“Quem sabe enxergar o futuro sempre sai na frente.”
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4- Substitua o advérbio destacado por outros pedidos entre parênteses.Faça as modificações necessárias.
a)Carlinhos trabalha muito.(advérbio de modo) (advérbio de tempo) (advérbio de lugar)
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b)Ontem Daniel perdeu um grande amigo.(advérbio de negação)(advérbio de dúvida)(advérbio de lugar)
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c)O cientista apresentou aqui a sua descoberta.(advérbio de tempo) (advérbio de modo) (advérbio de negação).
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5-Leia este trecho de uma notícia publicada por um jornal de Campinas a respeito de um jogo do Guarani,time de futebol da cidade.
“O time de Campinas entrou em campo decidido a somar mais três pontos no Campeonato Paulista e recuperar a quarta colocação no torneio.Com uma nova dupla e área,formada por Leto,Jean e Nélio,a equipe buscou várias vezes o gol,mas não conseguiu.Correio Popular
Identifique, nesse trecho,o substantivo que tem valor de numeral multiplicativo.
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6- Escreva,por extenso,como se estivesse preenchendo um cheque,o valor R$1.650.316,14.
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7- Qual o numeral correspondente a três vezes maior e o correspondente a três vezes menor?
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8- Leia:
“Alma minha gentil,que te partiste
Tão cedo desta vida descontente,
Repousa lá no Céu eternamente,
E viva eu cá na terra sempre triste.” Luís de Camões

Que outros dois advérbios desses versos exprimem a mesma circunstância que cedo? Justifique.
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9- Nesses versos há três locuções adverbiais.Identifique-as,indique a que verbo cada locução se refere e que circunstância (s) elas exprimem.
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10-No trecho,um advérbio modifica outro advérbio.Identifique-o e classifique-o.

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RECUPERAÇÃO PARALELA DE GRAMÁTICA 1º ANO

 NOME DO ALUNO_____________________________

1º ano _____     nº ______  Data _________       Ensino Médio

Atividade de Recuperação Paralela de Gramática    2º trimestre / 2014

Valor : 2,0

Professor(a) Semíramis

1- Retire as vogais e as consoantes das palavras abaixo.

você  - 
mesmo –
pipa –
presa –
por –

2- Separe as sílabas das palavras e classifique-as quanto ao número.
função - __________________________________________________________
transmitido - _______________________________________________________
outras - ___________________________________________________________
território - _________________________________________________________

3- Classifique os encontros vocálicos das palavras a seguir.
beije –
mão –
quais –
duas –

4- Complete as palavras com s ou z.
fa__er
li__o
rique__a
fanta__ia

5- Leia o poema e sublinhe as palavras escritas com os dígrafos ch,lh,nh.
Bolhas
Olha a bolha d’água                   Olha a bolha de sabão
no galho!                                     na ponta da palha:
Olha o orvalho!                           brilha,espelha
Olha a bolha de vinho                e se espalha.
na rolha!                                     Olha a bolha!
Olha a bolha!
                                                   Olha a bolha
Olha a bolha na mão                  que molha
que trabalha!                              a mão do menino.

                                                   A bolha da chuva da calha!

6-Observe:
-A mãe vai partir o bolo de aniversário.
-A mãe vai parti-lo.
-Depois,ela vai distribuir os pedaços.
-Depois,ela vai distribuí-los.
Agora,responda: por que em parti-lo o i não é acentuado e em distribuí-lo aparece o acento?

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7-Identifique os elementos estruturais dos vocábulos abaixo.
irreal –
caseiro –
dentista –
infelizmente –

8-Usando sufixos que indicam ação ou resultado de ação,forme substantivos dos verbos abaixo.
indicar                                                                recordar
absolver                                                             investir


9-Leia o poema:
                                         O poeta e a poesia
Não é o poeta que cria a poesia.      
E sim a poesia que condiciona o poeta.
Poeta é a sensibilidade acima do vulgar.
Poeta é o operário,o artífice da palavra.
E com ela compõe a ourivesaria de um verso.

Indique o processo de formação das palavras destacadas no texto.
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10-Escreva as abreviações das palavras abaixo:
motocicleta
quilograma
pneumático
fotografia