segunda-feira, 17 de outubro de 2011

Atividade

1. Copie as frases, completando com o artigo quando necessário:

a) Você já foi passar férias em ___ Bahia?
b) Meu primo foi para _____ Ceará estudar lá.
c) Meus amigos de ___ Goiás sempre me escrevem.
d) Quero muito conhecer as cidades históricas de ____ Minas Gerais.
e) ____ Paraíba é um estado da região nordeste.
f) Dizem que o mar em ____ Santa Catarina é azul turquesa!

2. Leia as frases abaixo e relacione cada uma a um dos sentidos apresentados a seguir:
a) Dani convidou para a festa amigas do colégio.
b) Dani convidou para a festa as amigas do colégio.
c) Este livro tem receitas fáceis de fazer.
d) Este livro tem as receitas fáceis de fazer.
e) Para tentar ser fotógrafo da formatura fale com a comissão de festas.
f) Para tentar ser o fotógrafo da formatura fale com a comissão de festas.

I)"algumas amigas do colégio"
II) "todas as amigas do colégio"
III) "só tem receitas fáceis, as difíceis estão em outro livro"
IV) " tem algumas receitas fáceis, as difíceis estão em outro livro"
V) "tentar participar como fotógrafo da formatura"
VI) "tentar ser o único fotógrafo da formatura"

3. O que pode estar subtentido em cada frase?
a) Finalmente comprei uma camisa nova.
b) Finalmente comprei a camisa nova.
c) Pode deixar, eu faço a limpeza na cozinha.
d) Pode deixar, eu faço uma limpeza na cozinha.

I) Que alguém comenta que a cozinha está suja e o emissor se prontifica a limpá-la.
II) Que alguém lamenta porque não vai poder fazer a limpeza na cozinha e o emissor da frase se prontifica a faze-lo.
III) Que o emissor queris ums camisa nova há muito tempo, e conseguiu comprar uma.
IV) Que o emissor queria uma determinada camisa há muito tempo, e conseguiu comprá-la.

1ºs anos Artigos

Todos juntos
 
Uma gata, o que é que tem?
- As unhas
E a galinha, o que é que tem?
- O bico
 
Dito assim, parece até ridículo
Um bichinho se assanhar
E o jumento, o que é que tem?
- As patas
E o cachorro o que é que tem?
- Os dentes
Ponha tudo junto e de repente vamos ver o que é que dá
 
Junte um bicho com dez unhas
Quatro patas, trinta dentes
E o valente dos valentes
Ainda vai te respeitar
 
Todos juntos somos fortes
Somos flecha e somos arco
Todos nós no mesmo barco
Não há pra temer
Chico Buarque.Disco Os Saltimbancos,1977
 
Artigos definidos – determinam o substantivo de forma precisa, definida são eles: o, os, a, as,
 
Artigos indefinidos – determinam o substantivo de modo vago, indefinido, impreciso.São eles: um, uns, uma, umas.
 
Os artigos assim como, o substantivo sofrem flexões de gênero (masculino / feminino) e número (singular / plural) 
Uso dos artigos
Para substantivar palavras.Ex.: O nada me assusta.(originalmente um pronome indefinido)Não aceito um não como resposta.(originalmente um advérbio de negação)
  O bater da porta me acordou.(originalmente um verbo)
O sete é um número mágico.(originalmente um numeral)
 
Junto a preposições
em + a= na; em + o= no
de + a= da; de + o = do
a+a=à; a+as=`as
 
Omitindo o artigo
1.Antes de pronomes possessivos ou de nomes de pessoas
Ex.: Quando Pedro telefonou, eu estava dormindo.
Você conhece a Maria Beatriz?
  Você gostou da sua nova professora?
Rita viu meu irmão na praia.
 
2. Antes de alguns topônimos (nomes de lugar).
Ex.: Ele vai viajar para Portugal com o avô.
Minha irmã viajou para o Canadá.

quarta-feira, 5 de outubro de 2011

Projeto Expo Luiza

Projeto Expo Luiza – Os Lusíadas

Cenário – 1 tela pintada com uma caravela ; 1 sala em um castelo ; 1 caravela com uma figura mitológica.

Camões faz a introdução e convida todos presentes a participarem ouvirem a narrativa.

            “ Embora Os Lusíadas não fossem encomendados pelo Estado, foram escritos sob medida para preencher uma necessidade dos setores expansionistas da nobreza.
            Segundo a minha visão a história portuguesa tinha uma missão civilizadora a cumprir no mundo, que era impor aos quatro cantos sua religião e sua doutrina política.
            Para tanto realizei esta obra em forma de epopéia para cantar a grandeza de meu povo português.
            Trago-vos a este momento três cantos os quais considero especiais,  a história de Inês de Castro que se encontra no canto III, cujo efeito almejado são a piedade e o terror; O velho do Restelo canto IV, homem do povo que não concordava com a visão expansionista da época e o Gigante Adamastor canto V, figura mitológica cuja representatividade dentro da narrativa refere-se aos perigos do mar, seus mistérios e sua imprevisibilidade.”

( sai Camões e inicia-se a narrativa)

Narração “ Logo após a Batalha do Salado, quando Afonso IV retornou em paz a Portugal, deu-se o triste caso de Inês de Castro, coroada como rainha depois de morta. Trata-se de uma história tão triste, que é digna de fama pela poesia, a qual tem o poder de imortalizar os homens.
Em sua juventude, Inês, vivia sossegadamente em Coimbra, intensamente dominada pelas breves felicidades do amor, chorando de alegria e suspirando o nome de Pedro, às margens do rio Mondego.
Ali, em Coimbra, quando pensava em Pedro, ele, estando em Lisboa, também pensava nela, pois nunca a esquecia, mesmo estando longe dela: tanto de noite, em sonhos mentirosos, quanto de dia, em pensamentos fugazes. Por sua causa, ele estava sempre feliz, não só no que pensava, mas também no que via.”
Após a morte da esposa Constança, tendo sido sugeridos casamentos com nobres damas, o Príncipe Pedro recusou a todas, porque um homem apaixonado despreza tudo o que não seja a própria amada. Percebendo o estranho estado do príncipe, o rei, atento aos comentários da corte, determina que se mate Inês, por acreditar que ela prejudica a carreira do filho. Mal sabia o rei que não se destrói o verdadeiro amor com a simples destruição física dos corpos.
Mas o rei não deixou de demonstrar seu bom coração, hesitando seriamente diante do crime, que acabou por consumar, lavado, não pela vontade própria, mas sim pela insistência de seu conselho de Estado.Enquanto o rei hesita, Inês, triste e magoada, pensando nos órfãos que deixaria, levantando os olhos lacrimosos para o claro céu (gostaria de levantar também as mãos mas não podia, porque um dos ministros as amarrava) e, depois de olhar fixamente para os queridos filhos, cuja orfandade temia, disse para o rei, cruel avô de seus filhos:”

Inês “ se até os animais ferozes, naturalmente cruéis e predadores por instinto, são capazes de cuidar de crianças indefesas, como aconteceu com a mãe de Nino e com os irmãos que fundaram Roma, ó tu, que não és animal mas um ser humano ( se é que um ser humano consegue matar uma mulher indefesa só porque ela soube conquistar aquele que ama), pensa nestas criancinhas, tomara que a inocência delas possa te comover, já que a inocência da mãe delas não te comove.






            E se, na luta contra os mouros soubeste matar com justiça, espero que saibas também conceder a vida a quem não cometeu crime para perdê-la.Mas, se reconheces minha inocência, exila-me para sempre na Cítia ou na Líbia, onde eu possa viver, ainda que em desgraça.
            Mande-me para um lugar selvagem, entre leões e tigre: talvez entre eles encontre  o que não encontrei ao homens.Nesse lugar, com o pensamento e com o desejo naquele por quem morro, criarei meus filhos, para que um dia possam consolar a desolada mãe.

Narração “ Já o bondoso rei, persuadido pelas tocantes palavras, dispunha-se a perdoar Inês, mas o obstinado povo e o próprio destino dela não a perdoam.Os que consideram justa a morte, preparam as armas para o crime. Ó homens carniceiros, sendo cavaleiros, como conseguem ferocidade de animais?
            Assim procedem os assassinos de Inês, ao enfiar as espadas no branco colo, o qual despertou enorme amor naquele que depois a transformaria em rainha.”


Velho do Restelo

Narração “ Aquele dia, todas as pessoas da cidade compareceram à praia do Restelo, manifestando tristeza e saudade antecipada: uns vieram para se despedir de amigos; ou para se despedir de parentes; outros apenas para ver a partida. Enquanto a multidão se aproximava, nós, os marinheiros, acompanhados de muitos religiosos, caminhávamos para os batéis, rezando em solene procissão.,
            Por ser tão extensa a viagem, as pessoas pensavam que jamais regressaríamos: as mulheres manifestavam esse temor por meio de comovente pranto; os homens, por meio de suspiros profundos.As mães, as esposas e as irmãs, que o amor intenso desperta desconfiança, além de chorarem, manifestavam vivo desespero e o arrepiante medo de nunca mais nos ver nesta vida, apenas na outra.”

Uma mulher diz: - Ò filho, única pessoa em quem eu esperava encontrar consolação e amparo em minha velhice, que, com tua partida, acabará em doloroso e amargo choro. Por que motivo me abandonas, deixando-me pobre e infeliz? Por que te separas de mim, ó querido filho: para morreres e seres sepultado no mar, tornando-te alimento de peixes?

Outra, em trajes caseiros diz: - Ó esposo do meu coração, de quem Amor não consente que eu viva separada, por que ides arriscar no mar perigoso essa vida que é minha, e não vossa? Como, em troca de uma viagem incerta, esquecereis nossa doce afeição? Quereis que o vento leve com as velas nossa felicidade passageira?


















Narração “ Mas um velho de aspecto respeitoso, que surgiu na praia entre o povo, olhando para nós, sacudindo a cabeça em desaprovação e levantando a voz a ponto de o ouvirmos nitidamente no mar, proferiu com emoção estas palavras com o coração, com convicção e veemência.

Velho “É inútil o prazer de dominar! É pura vaidade a ambição de fama, cujo enganoso prazer tanto mais cresce quanto mais se funda no culto da aparência.Essa ambição escraviza as pessoas, causando-lhes danos, mortes e crueldades!
            A glória de mandar é motivo de tormentosa inquietação espiritual e física.A glória de mandar origina o abandono das famílias e o adultério das esposas. A glória de mandar é perspicaz dilapidadora de fortunas e de nações. Fama e glória são pretextos com que os idiotas se iludem!
            Ô ambição, que desconhecidas catástrofes preparas para o povo português, sob o disfarce de uma iniciativa nobilitante? Que espécie elevada de riqueza lhe prometes com tamanha leviandade? Que tipo de prêmio recompensará o desastre da nação?
            Mas, ó descendência daquele louco, cuja altivez não só privou a humanidade das formas essenciais do Paraíso e a rebaixou ao mundo material das aparências, mas também a tirou da inocente Idade de Ouro para lançá-la na Idade de Ferro, dominada pelo espírito da guerra:
            Ó humanidade, já que tanto te deixas encantar pelo prazer de uma ilusão, já que interpretas a brutalidade como coragem, já que desprezas tanto a vida, que deve sempre ser preservada pois até quem a deu aos homens já temeu perde-la.
            Considerando tudo isso, ó povo português: toma consciência de que tens os árabes como vizinhos, com quem deverás manter inúmeras guerras justas, visto serem eles seguidores de Maomé e tu defenderes a doutrina cristã.Esses inimigos  são suficientemente ricos para satisfazerem tua sede de riqueza.São também ótimos guerreiros para fartar teu desejo de vitórias.
            Ao desprezar o inimigo vizinho em favor de outro longínquo, acabarás despovoando, enfraquecendo e pondo a perder todo o país, construído com o esforço de tantos séculos! Ó rei D. Manuel, repara que preferes o perigo desconhecido só para conquistar fama e receber o enorme título de Senhor da Índia, da Pérsia, da Arábia e da Etiópia.
            Maldito seja o inventor do navio! Se for justa a santa religião que tenho, quero que ele vá para o inferno. Faço votos que nenhum poeta digno desse nome louve tua invenção. Em vê\ de famoso, espero que tu sejas esquecido!

Gigante Adamastor

Narração Vasco da Gama “ Cinco dias depois que tínhamos deixado a Baía de Santa Helena, desbravávamos mares jamais navegados anteriormente, com os ventos assoprando favoravelmente, quando, uma noite, estando os navegantes tranqüilos em sua vigia, surgiu enorme nuvem escura sobre nossas cabeças.
            Essa nuvem parecia tão amedrontadora e tão escura, que produziu medo em todos os navegantes. Paralelamente, o mar, também escurecido, produziu grande ruído, como se batesse no oco de algum rochedo. Eu, Vasco da Gama, disse: - Ó Poder sublime, que estranha ameaça este mar e este clima nos apresentam, pois o que está por vir parece coisa muito pior do que simples tormenta?
            Eu mal acabara de falar, quando surgiu no ar a figura de um ser humano monstruoso, que lembrava um morto- vivo, acabado de sair de uma cova do fundo do mar: era forte e muito alto; tinha o rosto carrancudo, a barba imunda, os olhos roxos, os gestos ameaçadores; a cor do rosto era pálida e lembrava terra; os cabelos crespos estavam sujos de terra; a boca era negra e cheia de dentes amarelos. Era tão grande quanto o estranhíssimo. Falou-nos com voz tão amedrontadora e tão cavernosa que pareceu sair das profundezas do mar.Só de ouvi-lo e de vê-lo, arrepiaram-se os cabelos e os pelos de todos os navegantes, inclusive os meus.




Então o gigante disse: - Ó povo mais atrevido que todos quantos se entregaram a grandes empreendimentos no mundo, tu, que nunca descansas por causa de inúmeras guerras cruéis e de difíceis trabalhos em nome da glória, pois, ultrapassando os limites proibidos, ousas navegar meus extensos mares, que há séculos mantenho sem ser navegado por nenhum navio, quer seja meu ou de outra pessoa;
            Pois já que vens desvendar os segredos da natureza e do oceano, jamais revelados a nenhum dos grandes homens que enobrecem a humanidade, ouve os castigos que preparei à tua excessiva ousadia, castigos que se darão pelo extenso mar e pela terra, os quais hás de dominar com árdua guerra.
            Fica sabendo, Povo Português, que todas as naus que, por atrevimento, fizeram esta viagem que tu agora fazes terão como inimiga esta região, por meio de ventos e tempestades incomuns; e, traicoeiramente, darei um castigo tão terrível à primeira armada que, depois de ti, passar por estes mares virgens, que o estrago que ela sofrer será maior do que o perigo que correr.
           
Vasco da Gama “O monstro horroroso prosseguiu na previsão de nossos destinos, quando eu, erguendo o busto, lhe disse: - Quem és tu, cujo corpo descomunal me tem, com certeza, espantado?
            Enrugando a boca e os olhos, soltando um grito assustador, o gigante me respondeu com voz ressentida e amarga, como se a pergunta o tivesse magoado:”
           
Gigante “- Eu sou o desconhecido e grande Cabo a que chamais Tormentório, que nunca foi registrado nos estudos. Neste meu promontório jamais visto até hoje, que se alonga para o Pólo Antártico, ponho limites à costa africana, a qual vossa atrevida navegação procura desvendar.
Minha carne transformou-se em terra, os ossos em pedra; estes membros e esta figura alongaram-se pela enorme extensão dos mares; enfim, os deuses transformaram minha elevada estatura neste cabo distante de tudo; e, para duplicados sofrimentos.”

Vasco da Gama “Dessa maneira o Gigante contou sua vida e, com choro assustador, sumiu de repente de nossa vista. A nuvem negra desfez-se e o mar produziu um sonoro ruído que se estendeu por longa distância. Eu, orando aos Anjos, que nos guiaram até aquele longínquo lugar, pedi a Deus que não deixasse se concretizar as profecias de Adamastor.”

Imagens
Camões


Caravela
Vasco Da Gama Spice RouteVasco da Gama

julgamento de Ines